O documento discute o interesse da sociedade brasileira pela ciência e inovação tecnológica. Aponta que o Brasil forma poucos engenheiros e tem baixa produção de patentes em comparação a outros países em desenvolvimento. Sugere que é necessário estimular o interesse pelas ciências desde a infância e incentivar a participação de jovens em pesquisas para que o Brasil avance no campo científico e tecnológico.
Interesse da sociedade brasileira pela ciência e inovação
1. Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Coordenação de Engenharia Mecânica – COEME
Curso de Engenharia Mecânica
Campus Pato Branco
Bruno Henrique Hoinschy
A Sociedade brasileira e a Ciência
3. Introdução:
A ciência levou a sociedade ao nível que está hoje, desenvolvida e bem estruturada, em
ampla ascensão ao conhecimento, nunca tivemos tanto acesso às informações, em tão
pouco tempo, a vida está mais longa com as descobertas da medicina, estamos
realizando testes que podem nos revelar os segredos do universo. Pessoas dedicaram a
vida em função do descobrimento de uma fórmula, de uma teoria, de uma nota musical
perfeita, do quadro mais belo, da cura para as doenças, e outros milhares de métodos
para deixar a vida humana mais confortável. Ainda hoje algumas pessoas, se dedicam
para a continuação desses ideais.
O intuito dessa pesquisa é fornecer dados e buscar soluções, para um problema
pertinente em nossa sociedade, a falta de interesse pela ciência e inovação tecnológica.
Quais as influências no desenvolvimento do país com esse problema? Como um futuro
engenheiro deve encaixar-se nesse contexto?
Pré-Projeto:
A sociedade brasileira ainda está atrasada em relação as demais, quando falamos de
inovação tecnológica e ciência, devido a fatores históricos, e ainda com pouco
investimento do Estado.
Nesse documento apresento algumas soluções que possam ser tomadas para atingir o
interesse da sociedade pelo presente assunto, que seja cobrado maiores investimentos na
educação e assim possamos definitivamente entrar na vanguarda científica.
Metodologia:
Para a formulação desse problema usarei a pesquisa bibliográfica, baseando-me em
artigos da internet para contextualizar o comportamento de nossa sociedade em função
do interesse pela ciência. Assim, edificando dados numa visão macro de tempo, para
solidificar as ideias e obter parâmetros de desenvolvimento da engenharia no Brasil, e
estabelecer critérios dos motivos que levou nossa sociedade a abandonar a busca pelo
conhecimento, e o descaso com o desenvolvimento da engenharia dentro dessa
concepção.
Primeiramente devemos entender por que, os jovens, não se interessam tanto pelas
ciências exatas, como nas ciências humanas, não pelo menos a nível internacional, no
qual dados dessa pesquisa nos mostrarão quão deficitário é a iniciação científica na área
exata.
4. Pesquisa:
Diante dos artigos apresentados na bibliografia, apresento alguns pontos para
determinar a linha de raciocínio, para posterior apresentação das possíveis soluções
indagadas anteriormente.
A falta de confiança na ciência e na inovação tecnológica, influi diretamente nas áreas
exatas, e podemos tomar como termômetro a quantidade de formandos desses cursos. A
partir da formação de jovens engenheiros, podemos verificar como anda a propensão de
um país se desenvolver e criar patentes, pois o estudo de ciências exatas está ligado à
capacidade de inovação tecnológica e à competividade industrial.
Segundo o INEP (Instituto nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira), a quantidade de engenheiros formados no Brasil em 2008, em todas as
especialidades, foram 30 mil, muito abaixo dos países que estão em desenvolvimento,
formados pelo bloco econômico o BRIC ( Brasil, Rússia, Índia e China), a Rússia
formou 120 mil, a Índia 200 mil e a China 300 mil. Esse estudo nos mostra claramente o
andamento e nossa visão quanto às áreas de desenvolvimento, pois, sem engenheiros
não há como um país possuir mão-de-obra científica. Dados de 2007 da OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o percentual de
engenheiros formados em relação ao total de concluintes no ensino superior, mostra a
disparidade do incentivo de cada país para inovação tecnológica, no Japão 19% dos
formandos estão na área de engenharia; na Coréia 25%; na Rússia 18%; no Brasil 5%, a
média da OCDE é de 14%.
Quanto às patentes ocorre o mesmo, os outros países possuem publicações muito acima
das do Brasil, como publicou a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi)
em 2005, que no Japão para cada 1 milhão de habitantes existem 3 mil patentes obtidas
e a Austrália são 500 para cada 1 milhão. O Brasil ocupa a 12ª colocação no índice de
divulgação de patentes.
Os brasileiros ainda estão aprendendo a buscar o conhecimento e as graduações
superiores, mas isso não basta, o Governo deve incentivar também a Pós-graduação e o
Mestrado, para que possamos aumentar a quantidade de pesquisadores.
Projeto:
Para entender nosso atraso científico em relação aos países em desenvolvimento,
primeiramente devemos lembrar de nossa história, à qual éramos submissos aos
portugueses, ditados pelo pacto colonial. Onde podíamos apenas vender e comprar
apenas da capital, pagando impostos exorbitantes, e assim ao longo da história sendo
explorados, sem recursos para crescer, 300 anos após o término, começamos a
conquistar nosso espaço no âmbito internacional. E ainda estamos engatinhando no
desenvolvimento industrial.
Com base nessa breve linha cronológica, fomos sempre fornecedores de mão-de-obra e
não de intelecto, sempre montando a tecnologia importada.
Isso reflete diretamente em nossa sociedade, que não possui um interesse em pesquisar
5. e buscar a ciência, de participar efetivamente de novas pesquisas, e apenas consumir o
que está por trás das vitrines, produtos esses, que em sua maioria são importados. E que
o Brasil apenas fornece a matéria-prima, para a fabricação destes no exterior, e
revendidos aqui, por preços muito maiores.
E dentro desse contexto, podemos analisar, que o que falta para o brasileiro é uma base
científica desde sua infância educacional, estimular os jovens a serem empreendedores,
e inventores, fazê-los imaginar, sonhar e concretizar. Fornecer ferramentas para que
possamos moldá-los aos métodos científicos, e torna-los críticos da própria ciência.
Criar modelos que os façam gostar de ciências exatas, e desmistificar as engenharias,
para que elas sejam mais atraentes no futuro.
Assim quando esses jovens alcançarem a maturidade de escolher uma profissão, estarão
ambientados com a metodologia e propensos a iniciação de uma carreira científica seja
em qualquer área. E agora o mais importante é incentivar a sociedade a ler, e buscar
artigos científicos, para que os filhos da geração de hoje, já possam ser inseridos nessa
metodologia.
Os futuros engenheiros brasileiros, serão mais críticos, assim cobrando maiores
investimentos, tanto do Estado, como do setor privado, e desenvolvendo maior
quantidade de inovações tecnológicas, alavancando, teoricamente a industrialização, e
aumentando o índice de novas patentes.
Esses serão os pré-requisitos de um Engenheiro formado no Brasil, ter em seu
curriculum acadêmico alguma pesquisa científica concreta, projetos de inovações
tecnológicas, não apenas um diploma e as respectivas cargas horárias, como temos hoje.
Conclusão:
Para que o Brasil entre na vanguarda científica precisamos racionalizar os métodos, que
são empregados na educação dos engenheiros, moldá-los para que se interessem dentro
da vida acadêmica participar de pesquisas, sejam empreendedores.
O Brasil possui uma gama de mão-de-obra muito rica, apenas falta dizer isso à
sociedade, e fazê-la enxergar de seu potencial inovador e científico.
Assim o perfil do engenheiro tende a ser mais abrangente e flexível entre as áreas do
conhecimento. Dando maior apoio, o enriquecimento de outras áreas tente a aumentar, e
o desenvolvimento social também.